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sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Os grandes mitos da soja

Olá meus queridos leitores!

Você é novo por aqui? Então, antes de tudo, eu quero te dar uma notícia boa que vai ajudar você a melhorar sua alimentação e seu estilo de vida. Minhas aulas de culinária, finalmente, estão disponíveis no formato online! :) É só clicar AQUI para saber mais detalhes.

Hoje nós vamos falar da SOJA. Sim, esse alimento que é muito bem falado em tantas propagandas de alimentos, em consultórios médicos e de nutricionistas e no boca a boca do povo - principalmente para quem está ingressando no vegetarianismo. Porém, o que não é muito dito por aí, é que a soja é mais um mito do que uma coisa tão benéfica assim para a nossa saúde. É preciso que a gente se informe mais a fundo sobre os alimentos. Eu acredito que o estudo da botânica é um dos melhores que tem para avaliar se um alimento é mais biodisponível para nós ou não. Nesse estudo nós ficamos sabendo que por exemplo beringela é um fruto não doce, e que ela deveria ser consumida mais madura do que verde (como a grande maioria das pessoas consome sem saber). Mas, sobre essa questão eu vou deixar pra falar em outro post. De qualquer forma, o estudo sobre os alimentos nos coloca frente a frente com uma verdade mais biológica e menos ideológica, filosófica ou na maioria das vezes comercial - como é o caso da SOJA.

Existe outro artigo que gostaria de deixar aqui para você dar uma pesquisada. Ele está em inglês:




Acho de extrema importância que você leia este texto acima e o de baixo até o final, se o que você quer é ter conhecimento mais abrangente dos alimentos que realmente fazem mais mal do que bem para nós, seres humanos.

Vamos lá?


Soja: Mitos e Verdades




A soja, já há algumas décadas, é tratada como uma “estrela” no universo dos alimentos tidos como saudáveis. Inúmeros nutricionistas, jornais e revistas especializadas recomendam.

Muitos que se propõem a melhorar a qualidade do que comem começam por acrescentar seus derivados em sua dieta, de fato acreditando que estão fazendo escolhas mais saudáveis.  ”Contém Soja” em qualquer rótulo, seja de uma bebida, seja de um biscoito, parece transmitir a noção de que o produto em questão é abençoado e tem tudo o que a sua saúde pode estar precisando.

MAS… e se toda esta história for apenas mais um mito criado pela indústria (da soja, obviamente) para vender sua produção? Seria possível a um conjunto de seres humanos criar uma estratégia de disseminação de meias-verdades e propaganda enganosa para vender produtos que trazem, na realidade, mais malefícios do que benefícios para a saúde….. somente por dinheiro?

Pode apostar.

Toda esta propaganda que promove a soja como um “alimento milagroso” é apenas mais uma armadilha da indústria alimentícia. Afinal, a indústria da soja é tão grande quanto à indústria do leite (que o promove como “fonte essencial de cálcio”) e a indústria da carne (que a promove como “fonte essencial de proteínas”), e dispõe de grande orçamento para patrocinar estudos e publicidade para colocar a leguminosa em alta.

Promovida como uma alternativa “mais do que saudável” para o leite e para a carne, a soja hoje é adicionada em quase tudo. Biscoitos, macarrão, salgadinhos infantis, fórmulas nutricionais para bebês, bebidas prontas, suplementos para atletas… Parece que adicionar soja entre os ingredientes é bom negócio. O consumidor realmente acredita optar por algo melhor quando lê a palavra mágica “soja” entre os ingredientes.

Não é a primeira vez que a indústria se aproveita do pouco estudo do consumidor e pincela a realidade com toques de fantasia. Neste caso, porém, a dimensão da “fábula” se tornou realmente enorme e se fala até mesmo em “milagre da soja”. Já passa da hora da verdade ser dita. E a verdade é que, a menos que seja preparada da maneira correta, a soja é um veneno para a delicada bioquímica do corpo humano.



Sabedoria Ignorada

A soja foi utilizado como alimento pela primeira vez durante a antiga dinastia Chou (1134-246 AC), somente após esta cultura ter aprendido a transformá-la em algo biodisponível através do processo de fermentação, o que fez surgir alimentos como o missô, o tempê, o nattô e o tamari. A soja era então, utilizada apenas como condimento e em pequenas quantidades, como é até hoje nas culturas tradicionais. Nunca foi utilizada como substituto para alimentos de origem animal e nem mesmo da maneira excessiva como tem sido propagada nos dias de hoje pela cultura ocidental.

A sabedoria dos antigos compreendia que a soja que não é preparada devidamente é altamente indigesta. Algo que foi ignorado por aqueles que propagam o uso irrestrito da soja, na forma do grão integral cozido, na forma de “carne” ou “leite” de soja e nas inúmeras formas de soja não-fermentada, desnaturada pelo calor excessivo e/ou pressão, tratada com químicos, fracionada ou coagulada para se transformar em tofu ou até mesmo geneticamente modificada para ser resistente a pragas e, portanto, fornecer maior lucratividade por metro quadrado.

O fato é que existe um elevado conteúdo de anti nutrientes na soja que não é devidamente preparada. Anti nutrientes são substâncias que interferem com a absorção de nutrientes e seu consumo freqüente conduz a deficiências crônicas de minerais. Na soja se concentram substâncias como o ácido fítico e alguns inibidores enzimáticos que bloqueiam a ação da tripsina (uma importante enzima vital), dentre outras enzimas essenciais. Estes inibidores são proteínas resistentes que retém sua configuração mesmo quando cozidas por longos períodos. Quando ingeridas, estas substâncias produzem desarranjo gástrico, redução na capacidade de digestão das proteínas e deficiências crônicas de aminoácidos.

Os chineses sabiam disto e, portanto, só consumiam a soja fermentada. A fermentação, realizado por microorganismos benéficos (probióticos), pré digere a proteína em aminoácidos e inativa tanto os inibidores enzimáticos quanto os anti nutrientes. Desta forma a soja se transforma em um alimento altamente biodisponível, apta ao consumo humano. Se a soja não for preparada desta maneira bem específica, ou seja, por fermentação lenta, o melhor é evitá-la.

A soja contém naturalmente fito estrógenos, substâncias que mimetizam a ação do hormônio estrogênio dentro do corpo humano. Quando você ingere uma pequena quantidade destas substâncias o corpo se adapta sem alterações, mas em excesso estes fito estrógenos causam desequilíbrio hormonal.

Acontece que, além do hábito ocidental de consumir a soja em quantidades excessivas, a absoluta maioria da soja disponível é geneticamente modificada. A soja geneticamente modificada contém muito mais fito estrógenos do que a soja natural. Seu consumo agride o equilíbrio hormonal e pode conduzir à puberdade prematura e a uma série de doenças relacionadas ao excesso de estrogênios no decorrer da vida. Pesquisas ainda pouco divulgadas (afinal, não contribuem para a lucratividade da indústria) demonstraram que o uso de soja nas fórmulas de nutrição para bebês pode causar danos irreversíveis em seu sistema nervoso. A sugestão é não consumir produtos geneticamente modificados de qualquer espécie, e no caso da soja isto é particularmente difícil.


Proteína Vegetal Texturizada: Resíduo Industrial


A proteína isolada da soja, presente em suplementos para atletas e em diversos alimentos industrializados, assim como a proteína vegetal texturizada, ou carne de soja, são, sem exagero, venenos tóxicos para o sistema biológico humano.

É importante lembrar que nem todos os venenos matam na primeira dose. Porém, assim como os refrigerantes, os refinados e as frituras, esses derivados industriais da soja são agressivos e anti naturais para o sistema e contribuem para o desequilíbrio da ecologia interior. Ainda que o organismo seja equipado com uma exímia capacidade de expulsar toxidade, a cada vez que você escolhe ingerir algo inadequado está desnecessariamente desgastando o mesmo, poluindo sua bioquímica interior e ofendendo a Natureza que vive dentro de você. Ainda que sua sensibilidade possa não estar vívida o suficiente para perceber esta realidade.

O que faz com que estas substâncias sejam tão nocivas é justamente a sua natureza altamente processada.  Para produzir a proteína isolada de soja, os grãos da leguminosa são primeiramente moídos e depois mergulhados em solvente químico de petróleo, com o objetivo de extrair os óleos naturais do grão. O resíduo desta mistura, que é na verdadea sobra do processo industrial de extração do óleo é então misturado com açúcares e com uma solução alcalina (também química) para remover qualquer fibra. A massa resultante é então precipitada e separada utilizando uma lavagem ácida, feita geralmente em enormes tanques de alumínio. O ácido faz com que o alumínio se dissolva das paredes dos tanques e se concentre na soja. De fato, a proteína isolada de soja pode ter até 100 vezes o conteúdo de alumínio que se encontraria nos grãos in natura. Finalmente, o que sobra é neutralizado em uma solução alcalina e depois desidratado em altas temperaturas para produzir um pó protéico.

O resultado final é um pó que é tão artificialmente desnaturado que se transforma em veneno. Mesmo assim, a maioria dos anti nutrientes presentes naturalmente na soja resistem e permanecem em seu conteúdo. Seu corpo é incapaz de utilizar a proteína isolada da soja de qualquer forma; o que ele faz é simplesmente tentar eliminá-la do sistema o mais rápido possível.

Proteína vegetal texturizada, ou PVT, a famosa “carne de soja” não é nada mais do que proteína isolada de soja que foi compactada através de um processo industrial de elevada pressão e temperatura. Tão venenosa quanto o isolado de proteína de soja, se não mais, porque esta é muitas vezes adicionada de corante caramelo, substância reconhecidamente cancerígena, e o famigerado realçador de sabor glutamato monossódico, um dos piores venenos que o ser humano pode colocar para dentro de seu templo biológico.


Assim sendo, uma maneira de medir os critérios de qualidade de um restaurante que se denomina natural é verificar se este oferece a tal “carne de soja”, ou proteína vegetal texturizada (PVT) em seu cardápio. Pratos como “Strogonoff de carne de soja”, carne de soja refogada, kibe, coxinha ou pastel de carne de soja, molho bolognesa com carne de soja e outras opções semelhantes são uma clara demonstração de que os responsáveis pela elaboração do cardápio carecem de um tanto mais de estudo, uma vez que estão se propondo a oferecer opções de alimentos naturais que contribuem para a saúde das pessoas.


Naturalmente, os critérios das grandes indústrias alimentícias não são muito melhores e portanto é recomendável que você adquira o hábito de ler o rótulo daquilo que você está habituado a comprar e evite tudo aquilo que contenha proteína isolada de soja ou proteína vegetal texturizada em sua composição. Eles estão adicionando isto em tudo hoje em dia, especialmente naquilo que tem como meta atingir o nicho de mercado “natural e saudável”. Uma grande mentira, é claro, pois como foi demonstrado não pode haver coisa tão distante do natural e do saudável.

Um apelo especial às mães: não dê aos seus bebês qualquer coisa que contenha proteína isolada de soja ou PVT, nem mesmo fórmulas feitas com extrato de soja ou leite de soja. Leite de soja é altamente indigesto e carrega em sua composição todos os anti nutrientes e toxinas advindas do processo de industrialização.

Consideremos o processo envolvido no feitio do leite de soja. Primeiramente, com o objetivo de remover alguns dos anti nutrientes (mas não todos), os grãos da soja são mergulhados em uma solução alcalina. Esta mistura é então cozida em panelas de pressão gigantescas, algo que desnatura a proteína da soja a tal ponto que a torna algo muito difícil para o corpo digerir. A solução alcalina em que os grãos ficam de molho deixa neles um carcinogênico (cancerígeno) chamado lisinealina.

Portanto, se é absolutamente necessário beber leite de alguma espécie, que seja o leite de amêndoas, de gergelim, de coco, de castanhas, de nozes, de girassol, de linhaça, de quinua ou, em último caso, de arroz.

Tofu: Só em pequenas quantidades


Mesmo produtos fracionados da soja como o tofu trazem consigo alguns inconvenientes, pois herdam os anti nutrientes e inibidores enzimáticos, ainda intactos em sua maioria. O processo de feitio do tofu de fato reduz parte do conteúdo de anti nutrientes, mas muito deste conteúdo permanece. O ácido fítico permanece intacto.

Tofu é uma adição bem recente às culturas orientais, e mesmo lá ele é utilizado apenas como condimento, em quantidades moderadas.

A tragédia é que os produtos de soja estão sendo promovidos atualmente em escala sem precedentes, e as pessoas induzidas a pensar que são alternativas saudáveis para o dia-a-dia. Médicos e nutricionistas que não se dedicam a se aprofundar neste estudo passam adiante as informações patrocinadas pela indústria multibilionária que financia estudos dúbios para incentivar as vendas. O problema é especialmente significativo para aquelas pessoas que, sensibilizadas com o absurdo que é a indústria do sofrimento animal, optam por não mais ingerir carne, derivados de leite e ovos e recebem a informação de que precisam suplementar as necessidades de proteína através da soja, passando assim a consumir derivados da leguminosa com freqüência e em grande quantidade.

Em 2003 foi feita uma pesquisa, extensamente divulgada pelo Dr. John McDougall, MD, que demonstrou que os fatores de estimulação hormonal da soja podem acelerar em até 69% (30% a mais que os temíveis laticínios) o crescimento de células cancerosas e tumores através da estimulação exagerada de um fator corporal denominado IGF-1 (Insulin Growth Factor). Somente este fator seria significativo o suficiente para despertar um alerta em relação ao desmedido consumo de soja que tem acontecido. Como vimos, entretanto, este está longe de ser o único.

Os únicos produtos de soja recomendáveis são aqueles elaborados a partir da fermentação da mesma, tais como o missô, o tamari, o tempê e o nattô, os quais devem ser originados de grãos orgânicos, e não modificados geneticamente. Tofu não deveria ser usado como substituto para a carne, mas, no máximo, ingerido em pequenas quantidades, como um condimento, assim como fazem as culturas asiáticas que deram origem a ele.


MITOS E VERDADES SOBRE A SOJA  
(Fonte: Fundação Weston Price)

Mito: Culturas asiáticas consomem grandes quantidades de soja.

Verdade: O consumo médio de soja no Japão e na China é de 10 gramas (aproximadamente 2 colheres de chá) por dia. Asiáticos utilizam a soja em pequenas quantidades, como condimento, e não como substituto para a proteína animal.


Mito: A soja fornece proteína completa.

Verdade: Como todas as leguminosas, a soja é deficiente em aminoácidos sulfurosos com a Metionina e a Cistina. Além disso, o processamento industrial desnatura a frágil Lisina.


Mito: Alimentos fermentados de soja pode fornecer a vitamina B12 para suprir as necessidades de dietas vegetarianas.

Verdade: O composto que lembra a vitamina B12 presente na soja não pode ser utilizado pelo corpo humano. De fato, alimentos provenientes da soja causam ao corpo uma necessidade maior de B12.


Mito: A fórmula nutricional para bebês feita de soja é saudável.

Verdade: Os inibidores enzimáticos da soja afetam a função pancreática. Dietas com elevado teor de tripsina, quando testadas em animais, levaram a uma paralisia do crescimento e desordens do pâncreas. Soja aumenta a necessidade de vitamina D do corpo, necessária para o fortalecimento dos ossos e para o desenvolvimento em geral. O ácido fítico também reduz a absorção do ferro e do zinco, igualmente importantes para o desenvolvimento do cérebro e do sistema nervoso. E a megadose de fito estrogênios na fórmula infantil de soja tem sido implicada como um dos fatores da tendência do desenvolvimento sexual prematuro das meninas e do retardamento do desenvolvimento sexual dos meninos.


Mito: Derivados de soja podem ajudar a prevenir a osteoporose.

Verdade: Derivados de soja podem causar deficiências em cálcio e em vitamina D, ambos necessários para a saúde dos ossos.


Mito: Derivados de soja protegem contra diversos tipos de câncer.

Verdade: Um estudo feito pelo governo britânico relatou que não existe qualquer evidência que a soja protege contra câncer de mama ou qualquer outro tipo de câncer. De fato, derivados de soja podem resultar num aumento do risco de câncer.


Mito: Derivados de soja protegem contra doenças de coração.

Verdade: Em algumas pessoas, o consumo de soja irá reduzir o colesterol, mas não há qualquer evidência que as doenças do coração estejam ligadas ao aumento do colesterol.


Mito: O fito estrogênio da soja (isoflavona) é saudável.

Verdade: As isoflavonas são agentes que rompem o equilíbrio do sistema endócrino. Acrescentados na dieta, podem prevenir a ovulação e estimular o crescimento de células cancerígenas. Apenas 30 gramas (4 colheres de sopa) de soja por dia pode resultar em hipotireoidismo com sintomas de letargia, constipação, ganho de peso e fadiga.


Mito: Derivados de soja são bons para as mulheres em seus anos pós-menopausa.

Verdade: Derivados de soja podem estimular o crescimento de tumores devido ao seu teor elevado de estrogênio, além do já mencionado déficit no funcionamento da tireóide. Uma tireóide debilitada é associada com dificuldades na menopausa.


Mito: Os fito estrogênios da soja podem melhorar a capacidade cerebral.

Verdade: Um estudo recente revelou que as mulheres com a maior quantidade de estrogênio em seu sangue apresentavam os menores níveis de função cognitiva. O consumo de tofu é relacionado com o crescimento da ocorrência da doença de Alzheimer em descendentes de japoneses.


Mito: A soja é boa para a sua vida sexual.

Verdade: Diversos estudos demonstraram que derivados da soja causam infertilidade nos animais. O consumo da soja estimula o crescimento dos cabelos em homens de meia idade, algo que indica redução nos níveis de testosterona. Donas de casa japonesas alimentam seus maridos consistentemente com tofu quando querem reduzir sua virilidade.


Mito: A soja é boa para o meio ambiente.

Verdade: A maior parte da soja cultivada hoje em dia é geneticamente modificada, o que amplia o uso de pesticidas e polui a biosfera.


Mito: O cultivo da soja é um auxílio para os países subdesenvolvidos

Verdade: Em países de terceiro mundo, o cultivo da soja toma o lugar dos cultivos tradicionais e transfere o valor adicional do processamento da população para as corporações multinacionais.


* Fonte: texto parcialmente retirado do site: http://www.puravida.com.br/artigos-do-mes/soja-mitos-e-verdades/

terça-feira, 10 de setembro de 2013

A indústria alimentícia e seus bastidores

Olá!

Você é novo por aqui? Então, antes de tudo, eu quero te dar uma notícia boa que vai ajudar você a melhorar sua alimentação e seu estilo de vida. 

Minhas aulas de culinária, finalmente, estão disponíveis no formato online! :) É só clicar AQUI para saber mais detalhes. 

Bem, vamos lá. Se você está lendo este artigo sobre a Indústria Alimentícia, é possível que estejas procurando melhorar sua vida, com uma alimentação mais saudável e cheia de vitalidade! Assim, aconselho que leia esse artigo até o fim, mas já deixe uma aba aberta com esse artigo sobre Sono e Emagrecimento. Também te convido a conhecer um pouco mais da vida simples que eu levo, através do Curso Alimentação Inteligente que fiz agora pouco. Tenho certeza que esses dois artigos irão expandir seu conhecimento e consciência sobre o assunto. 

Falar de alimentos industrializados hoje é falar de uma indústria alimentícia que só visa o dinheiro na maioria das vezes. São raras as produções mais orgânicas, sustentáveis e que agridem menos o planeta e, claro, o nosso corpo. Só do "produto" alimento vir de uma indústria, isso já os coloca em uma posição de distanciamento da natureza, de muito processamento, de perda de muitos dos nutrientes como: fibras, vitaminas, minerais, além da energia vital e gera MUITO LIXO que muitas vezes não será reciclado.

Neste vídeo abaixo, a Francine fez um vídeo muito bom que vale a ver para entender ainda mais sobre essa "mentira", que é criada pela indústria alimentícia, em volta dos alimentos industrializados serem ditos como bons, nutritivos e mais práticos para nós consumirmos.




A Indústria Alimentícia e o disfarce dos alimentos saudáveis.


Antigamente, a gente comia mais comida fresca (com mais vitalidade), e hoje com o advento de muitos meios de transporte, uso do petróleo e das invenções absurdas de cientistas com os alimentos, além da geladeira, conseguimos fabricar alimentos de mentira que só apelam aos nossos sentidos ilusioriamente, porém, muito ou nada trazem de benefício nutricional para o nosso organismo. 

Alergias alimentares, má digestão, carência nutricional de vitaminas e minerais, ganho de peso, retenção de líquidos, câncer, diabetes e muitas outras doenças e complicações estão cada vez mais ligadas ao baixo consumo de alimentos de verdade, menos processados, frescos e orgânicos e mais ligados ao consumo excessivo de alimentos industrializados. Em muitos deles é possível encontrar mais de 7 vezes o mesmo alimento em diferentes formas no mesmo produto!, como por exemplo o milho. Se você já leu em algum produto que você consumiu nos últimos dias ou nos últimos tempos esses nomes abaixo, saiba que eles são "nomes" diferentes dados pela indústria alimenticia para o milho:

Acetato de etila – como solvente de outras substâncias
Ácido ascórbico – vitamina C
Ácido cítrico – intensificador de sabor e conservante
Ácido fumárico – como acidificante
Ácido sórbico – conservante de vinhos, produtos lácteos, alimentos do mar e carnes
Alfa tocoferol – vitamina E
Celulose – estabiliza texturas
Diglicéridos – manter a textura como a das margarinas
Estearato de cálcio – estabiliza texturas
Fibersol-2 – aumenta o conteúdo de fibra dos alimentos
Frutose – adoçante
Glúten – estabiliza textura de gelados e do ketchup
Goma Xantana – aumenta a viscosidade dos alimentos
Lactato de etila – utilizado como solvente, ou seja dissolver outras substâncias
Maltodextrina – hidrato de carbono altamente energético
Polidextrose – aumentar o conteúdo de fibra
Sacarina – adoçante, proibido em alguns países
Sacarose – açúcar
Sorbitol - adoçante
Vinagre branco – utilizado em pickles
Xarope de milho rico em frutose – adoçante
Xilitol – adoçante
Zeína – corante 

Um dia desses recebi uma entrevista do jornalista Steve Ettlinger que desvendou um pouco mais a indústria alimentícia em um livro polêmico e esclarecedor chamado "Twinkie, Deconstructed" (Twinkie, Desconstruído, sem edição brasileira). A própria entrevista foi feita em 2009, mas esse assunto continua atual, e ela continua nos proporcionando uma boa reflexão sobre o que muita gente anda colocando para dentro há muitos anos sem saber, e que pode estar contribuindo para o surgimento de muitas doenças, alergias e mal estar.
Fique atento e busque sempre por alternativas com menos ingredientes possíveis, e que você consiga saber o que são...ou melhor ainda, opte por alimentos DE VERDADE, tais como: frutas, verduras, vegetais e todos aqueles que passaram pelo mínimo de processamento e refinamento e que são mais locais e mais frescos. E se for para "processar" faça isso você mesmo em casa como mostrou a Francine com o suco de laranja. ;) 


A indústria alimentícia e seus bastidores




Pegue uma embalagem de biscoito em sua cozinha e dê uma lida no rótulo. Você conhece a origem e a função de todos os ingredientes? O jornalista americano Steve Ettlinger também não sabia, mas viajou o mundo para descobrir e relatou tudo no livro Twinkie, Deconstructed (Twinkie, Desconstruído, sem edição brasileira). A ideia surgiu durante um piquenique com a família. Seu filho perguntou o que é o polissorbato 60: "Dá em árvores?" Ettlinger não soube o que responder e decidiu descobrir e compartilhar esse conhecimento com outros consumidores. Foi pesquisar a origem de todos os ingredientes do famoso bolinho recheado Twinkie, vendido há mais de 70 anos nos Estados Unidos. Em alguns casos, a origem está em refinarias de química cuja localização é protegida por leis antiterrorismo. Noutros, nas fazendas de milho e soja do Meio Oeste americano. (Ah, sim: o polissorbato 60 de certa forma dá em árvores. Trata-se de um polímero derivado de milho e óleo vegetal. É um emulsificante: faz com que a água e a gordura se combinem. No caso do Twinkie, sua função é substituir a capacidade estabilizante dos ovos e do leite, que ajudam no crescimento das massas). Confira a entrevista.

Você continua a comer Twinkies depois de conhecer seus ingredientes?

Não. Estou muito mais interessado em alimentos locais e integrais. É claro que eu já conhecia essas opções. Vivi na França por um tempo e trabalhei como cozinheiro, então eu gosto de comida de verdade. Mas agora definitivamente é algo de que preciso em minha vida. Após escrever o livro, fiquei ainda mais fã dos agricultores locais.

A comida processada é mesmo tão ruim para nós?

Essa pergunta exige uma resposta muito longa. O termo "comida processada" é amplo e pode designar muitos tipos de comida. Qualquer coisa salgada, como o bacalhau, é processada. Qualquer coisa cozida é processada, na verdade. Além disso, nós precisamos de alimentos industrializados para viajar. É por isso que a comida processada tem nos acompanhado por eras. No entanto, creio que há um problema quando as pessoas consomem muita comida de conveniência, especialmente salgadinhos e doces, porque elas não fornecem boas calorias, estão repletas de gordura, sódio e açúcar. O consumo desse tipo de "bobagem" deve ser diminuído. Outro ponto problemático é o grande aparato industrial necessário para produzir os ingredientes desse tipo de comida. No livro, eu exploro a origem de todas essas coisas e descubro que a maior parte da comida industrializada é feita com ingredientes que vêm de grandes petroquímicas e fábricas de químicos básicos. Veja só: 14 dos 20 produtos químicos mais usados nos Estados Unidos fazem parte direta ou indiretamente da receita do Twinkie.

Por que isso é ruim?

Primeiro, esses alimentos dependem de produtos químicos vindos do petróleo. Segundo, esses produtos químicos são usados para produzir soja e milho, os principais ingredientes dos alimentos industrializados. De fato, oito dos ingredientes do Twinkie vêm do milho. Terceiro, é um problema depender da soja, que é importada, grande parte dela do Brasil, inclusive. Se esses produtos dependem de insumos que se tornarão mais caros ou mais raros no futuro, isso é um problema. Além disso, esse tipo de produção extensiva tende a degradar o solo. Provavelmente seria melhor para todos se usássemos menos químicos para produzir comida. Nós pagamos subsídios com nossos impostos, especialmente à indústria petroquímica, para fazer herbicidas, pesticidas e fertilizantes, que permitem produzir essa comida e vendê-la com o apoio do governo a preços artificialmente baixos.

No livro, você afirma que diretores e funcionários do setor não quiseram dar declarações. Por que a indústria alimentícia é avessa à transparência?

Acho que eles tiveram muitos problemas no passado com pessoas apontando quanta ajuda o governo oferece a essa indústria e o quanto a comida produzida é ruim para a saúde, em contrapartida. Eles também sabem que, mesmo incentivando o consumo de novos produtos, como barras de cereais, aparentemente bons para a saúde, na verdade você pode comer castanhas e frutas e ficar bem satisfeito. Comida fresca não dá dinheiro para a indústria alimentícia. Então, a única maneira pela qual eles podem fazer dinheiro é adicionando algo pelo qual se tenha de pagar, como uma embalagem atraente. Veja os flocos de milho. As empresas ganham muito mais vendendo cereais matinais do que vendendo milho. Então, quanto mais nós discutimos e aprendemos sobre isso, pior é para a indústria. Não vale a pena para eles informar o consumidor.

Qual foi a reação de seus filhos quando você explicou a eles de onde vem o polissorbato 60?

Na verdade, eles nunca gostaram de Twinkie. Em todo caso, eles não ficaram nada animados com os processos industriais envolvidos. (risos) Acho que, sem ter de treinar muito, eles sempre vão preferir comer uma maçã ou um iogurte no lugar de uma bobagem dessas.


Gostou do Artigo? Possui alguma opinião, dúvida ou algo que queira compartilhar? Não deixe de comentar, que tentarei responder o mais rápido possível!


Aqui embaixo há referências para você que se interessou! 

Livro para saber mais

Twinkie, Deconstructed - Steve Ettlinger, Penguin/USA

Publicado em 13/02/2009

Reportagem: Marcelo Träsel - Edição: Amanda Zacarkim

Revista Vida Simples - Edição 0077


(*) Entrevista retirada do site: http://alimentopuro.blogspot.com.br/2013/08/a-vida-secreta-dos-ingredientes.html

(*) Nomes para o milho retirado do site: http://www.centrovegetariano.org/Article-539-A%2Butiliza%25E7%25E3o%2Bdo%2Bmilho.html